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Conter a Insurreição em Cabo Delgado, Moçambique / Stemming the Insurrection in Mozambique’s Cabo Delgado

Militant attacks and security force operations in Mozambique’s Cabo Delgado province have claimed nearly 3,000 lives, while displacing hundreds of thousands of people. Insecurity has prompted the suspension of a massive gas project. The Islamic State (ISIS) claims ties to the insurrection. Southern African governments are lobbying to send troops. Mozambican militants have been motivated by grievances against a state that they see as delivering little for them, despite the development of major mineral and hydrocarbon deposits. Tanzanians and other foreigners have joined up, fuelling the insurrection. The country’s historically weak security forces have been unable to stem the onslaught. Unaddressed, the insurrection could spread further, threatening national stability just as Mozambique is fulfilling a peace deal with the country’s main opposition group and heading into national elections in 2024. It could worsen instability along East Africa’s coast and present ISIS with a new front to exploit. Maputo should accept targeted assistance for security operations to contain the insurrection, and avoid a heavy external deployment that could lead to a quagmire. Authorities should deploy aid to build trust with locals and open dialogue with militants. Regional governments should redouble law enforcement efforts to block transnational jihadist involvement. / Os ataques de militantes e as operações das forças de segurança na província moçambicana de Cabo Delgado já custaram praticamente 3,000 vidas e deslocaram centenas de milhares de pessoas. A insegurança levou à suspensão de um gigantesco projeto de gás. O Estado Islâmico (ISIS) reivindica laços com a insurreição. Os governos do Sul de África estão a exercer pressão para o envio de tropas. Os militantes moçambicanos foram motivados pelo descontentamento em relação a um estado que, do seu ponto de vista, pouco fez por eles, apesar do desenvolvimento de depósitos minerais e de hidrocarbonetos significativos. Tanzanianos e outros estrangeiros juntaram-se, alimentando a insurreição. As forças de segurança, historicamente fracas, foram incapazes de conter a ofensiva. Se não for tratada, a insurreição pode vir a alastrar-se, ameaçando a estabilidade nacional enquanto Moçambique está a alcançar um acordo de paz com o principal grupo de oposição do país e antes das eleições nacionais de 2024. A instabilidade ao longo da costa de África Oriental poderia piorar e fornecer ao ISIS uma nova frente a explorar. Maputo deveria aceitar uma assistência direcionada para suas operações de segurança, a fim de conter a insurreição, e evitar uma mobilização externa forte, que poderia levar a uma estagnação. As autoridades deveriam fornecer assistência para construir uma relação de confiança com os habitantes locais e um diálogo aberto com os militantes. Os governos regionais deveriam redobrar seus esforços em matéria de aplicação da lei para impedir a implicação jihadista transnacional.